terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pudera eu
ter tido a visão
dos dias sem ti
a percepção da dor
a dimensão do vazio
o discernimento da saudade
ter tido a miragem
da ausência 
dos lugares desprovidos da tua presença
da angústia
 do tempo agonizante
labirinto sem saída
corredores de culpa
degraus rumo ao abismo
 
Pudera eu
inverter o curso do tempo
voltar ao tempo de nós
dias e noites
com o sabor
do mel e do sal
de teus beijos
Pudera eu

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Como seria bom se pudéssemos inverter o curso do tempo...
Belíssimo poema, gostei imenso.
Abraços.

mARa disse...

...quisera também...

bjo!